UFMA – CAMPUS GRAJAÚ DESTACA-SE NO MARANHÃO E ACADÊMICO DESENVOLVE TCC NA ÁREA DE BIOINFORMÁTICA


Editor: Marcelo Borges

O PROJETO   INTITULADO COMO: ESTUDO QUÍMICO QUÂNTICO, ANÁLISE POR DOCAGEM MOLECULAR E ATIVIDADE ANTIBACTERIANA IN VITRO DO COMPLEXO DE CÁDMIO.
Ruan Bastos é um desses jovens prodígios que ao chegar em um lugar faz a diferença. Ele nos conta que desde criança teve esse desejo científico, que seu sonho era trabalhar com medicina, mas a ver o trabalho que os professores desenvolveram na área de exatas resolveu ingressar. Hoje é discente de curso de licenciatura em Ciências Naturais – Química na Universidade Federal do Maranhão, campus de Grajaú e orientando do professor, doutor Benedicto Augusto Vieira Lima.
Ruan Bastos, Pesquisador. 
 O mesmo está desenvolvendo seu projeto de TCC na área da bioinformática, por sua vez, focado na docagem molecular, pesquisa anteriormente desenvolvida por seu professor e coorientador Jefferson Almeida Rocha, líder do grupo de pesquisa CIENATEC.
No decorrer da entrevista ele nos conta “Eu sempre tive a curiosidade científica...”. “No momento estou trabalhando com química quântica computacional teórica voltada à atividade biológica com o intuito de buscar novos fármacos para as doenças negligenciadas, estou trabalhando com bactérias, contudo, a gente também desenvolve pesquisas contra Leishmania, Schistossoma mansoni e outros tipos de doenças negligenciadas, esta pesquisa é muito relevante pelo fato de ser o primeiro passo na busca por esses novos fármacos, sabemos que é  demorada a descoberta, mas nossos testes podem reduzir esse tempo, depois são realizados testes in vitro onde colocamos nosso complexo em um contato direto com a bactéria ele obteve ótimos resultados nos mesmos, porém, ainda é muito tóxico e futuramente será enviado para um pesquisador que tentará reduzir a toxicidade e  assim poderemos fazer os testes em seres vivos para posteriormente apresentarmos diante da indústria farmacêutica”.
O pesquisador nos revela qual a maior dificuldade na elaboração do projeto: “o problema inicial foi a questão dos computadores, não temos recursos computacionais com a capacidade necessária para nossa pesquisa, pelo fato de utilizarmos cálculos bem complexos, avançados e a nível quântico, que levam mais ou menos 40 dias para rodar e não suportam um teste pesado como um QZArr por exemplo”.
Tá bom até aqui? Tome seu café porque a entrevista continua... “ nós com cálculos gawssianos atuando na otimização de moléculas encontradas e és realização do docking molecular o que nos aproxima de um teste real de laboratório em seus resultados, para acelerar o processo. Estamos inovando pois no Maranhão somente nós fazemos por enquanto, já houveram alguns comentários que outros campi estão trabalhando com cálculos quânticos, porém não aplicando a atividade biológica. Esse trabalho já tem sido desenvolvido na Paranaíba por autoria do professor doutor Jefferson, o diretor do campus, ele iniciou e nós trouxe como orientador. De fato esse trabalho não é algo exclusivo nosso, USP e UFPA também já o aplicam, contudo estamos inovando no Maranhão. Para fazerem esses testes são dispostas parcerias, eu, por exemplo, tenho parceria com UFPA E IFPA para desenvolvermos e com UFPI para os testes biológicos, ultimamente busco parceria com um professor de Macapá para gerar testes quânticos também, então somos parceira nessa linha, onde cada um faz sua parte.
Estamos mostrando que graduação está em um nível bastante alto, antigamente víamos a graduação somente com a defesa da monografia simples, mas hoje não, temos aqui no campus tanto na minha linha de pesquisa a bioinformática, mas também nos produtos biológicos, vemos apresentações  de TCC a nível de doutorado como Cleiane e Joabe que inclusive é  da nossa linha de pesquisa, e mostra que mesmo uma universidade de um campus no interior tem um enorme potencial, além disso temos que valorizar a pesquisa, considerando os pilares que são o ensino, pesquisa e extensão”.



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