HÁ NA CIDADE
Por: Felipe Barreto
Há
na cidade duas periquitas,
que
todo fim de tarde, param no mesmo grande galho,
na
frente de minha tão pequena casa.
O
único momento em que as vejo é na hora de seus pousos.
Leves
e naturais.
Pois
estes seres falam,
mas
não entendem nada,
e
por isso são perfeitos.
Depois,
O
sol avivando as folhas da árvore,
perco-as
de vista,
camufladas
no amor sincero da natureza.
E
para mim,
é
a árvore quem canta agora...
No
fundo da razão, sei que a ópera é delas,
estas
divinas periquitas,
mas,
que pena – digo,
queria
ter eu nenhum poder de inteligibilidade,
para
sentir todos os dias,
as
notas desta belíssima árvore,
e
da rua,
e
da casa,
e destas
periquitas,
(Afinal
de mim mesmo,
Que
estaria uno
Com
a singularidade de todas estas vidas...)
Insta: @gameleirapsicodelica
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